sexta-feira, 30 de julho de 2010

Joyce, twenty one

O pai do Chico Buarque, o sociólogo Sérgio Buarque de Holanda, quando lhe pediam para falar de si mesmo, dizia que era "apenas o pai do Chico". Era a manifestação desse amor incondicional dos pais, que faz com que não se importem de ficar em segundo plano em relação aos filhos.
Acho que atingi esse estágio. Minha melhor definição hoje seria esta: "sou apenas o pai da Joyce". Mas este "apenas" subverte o sentido do que quer dizer. Porque ser "apenas o pai da Joyce" significa muito. Significa que colocar alguém no mundo e contribuir para que se torne uma pessoa de alma leve pode ser a maior das aventuras, algo que mostra que a vida pode ser mais do que o mero jogo de ganhar e perder.
Lembrando de seu primeiro choro ainda na enfermaria do hospital e olhando pra ela agora, concluo que tudo valeu a pena. E que continua a valer. A Joyce fortalece a minha crença nas coisas bonitas e simples da aventura humana e me ensina a viver.
Te amo, Jó.