sábado, 11 de dezembro de 2010

Semana agitada

Esta semana comecei numa nova função na Abril Educação. Qual?, não sei dizer ainda. O que sei é que minha rotina mudou. Da edição de livros, passei a uma maratona de reuniões com os editores de todas as áreas para a elaboração do catálogo do PNLD 2012. Não sei se é uma função permanente, mas estou gostando. Nova rotina, novas necessidades, novas habilidades. Enfim estou praticando um pouco de jornalismo. Tenho chegado em casa exaurido mas com a sensação de satisfação pelo dever cumprido a cada dia. Talvez isso tenha mudado em mim e eu não tenha me dado conta: viver a vida dia a dia, sem criar grandes expectativas. Fazer. Ir fazendo. Sem pensar muito. Astúcias da maturidade.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Joyce, twenty one

O pai do Chico Buarque, o sociólogo Sérgio Buarque de Holanda, quando lhe pediam para falar de si mesmo, dizia que era "apenas o pai do Chico". Era a manifestação desse amor incondicional dos pais, que faz com que não se importem de ficar em segundo plano em relação aos filhos.
Acho que atingi esse estágio. Minha melhor definição hoje seria esta: "sou apenas o pai da Joyce". Mas este "apenas" subverte o sentido do que quer dizer. Porque ser "apenas o pai da Joyce" significa muito. Significa que colocar alguém no mundo e contribuir para que se torne uma pessoa de alma leve pode ser a maior das aventuras, algo que mostra que a vida pode ser mais do que o mero jogo de ganhar e perder.
Lembrando de seu primeiro choro ainda na enfermaria do hospital e olhando pra ela agora, concluo que tudo valeu a pena. E que continua a valer. A Joyce fortalece a minha crença nas coisas bonitas e simples da aventura humana e me ensina a viver.
Te amo, Jó.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Fazia tempo que, às vésperas da convocação para a Copa do Mundo, não se criava polêmica tão candente sobre quais jogadores ir à Copa e quais não ir. Vou citar de cabeça, mas em 1974 a questão era sobre a ida ou não de Pelé, mas nesse caso a decisão cabia a ele, e não ao técnico Zagalo. Como sabemos, Pelé optou por não ir. Se sua decisão foi a mais acertada, é uma questão de interpretação. A discussão mais acalorada foi sobre o corte do médio volante Clodoaldo, herói de 1970, por contusão, me parece. Houve quem defendesse sua ida, mesmo machucado. Ainda na mesma copa, houve quem contestasse a convocação de Paulo Cesar Lima, que ainda não se tornara Paulo Cesar Caju, o jogador polêmico da época, junto com Afonsinho, que depois ganharia uma música de Gilberto Gil. E se a crônica paulista ficou feliz com o chamado de Ademir da Guia, muito criticou o técnico Zagalo por só escalá-lo, se me lembro bem, no jogo contra a Polônia, quando o título já tinha ido pro vinagre.
Em 1978 o grande injustiçado foi Paulo Roberto Falcão, bi-campeão pelo Internacional em 1975-6, um dos grandes craques do futebol brasileiro. E não conforta saber que a Argentina também cometeria heresia semelhante ao não convocar o garoto Diego Maradona, então com 18 anos de idade, afinal nossos hermanos ao menos levaram o título - daquele jeito que todos vimos, mas isto é outra história.
Em 1982 havia grande clamor pela convocação de Jorge Mendonça, magnífico meio do Guarani, que estava em grande forma, e de Marinho, ponta direita do Bangu. Mendonça era desafeto de Telê e por isso não foi, restringindo-se a fazer comercial de televisão, junto com Emerson Leão, outro preterido. Marinho deu lugar a Paulo Isidoro, pois Telê não era adepto de pontas. Outro craque que ficou fora dessa copa foi o já veterano Mário Sérgio, um dos grandes estilistas da história de nosso futebol. E as contusões impediram que um dos melhores jogadores do mundo naqueles anos, o ponta-esquerda Zé Sérgio, do São Paulo (ponta, sim, mas fora de série), pudesse fazer história. Em seu lugar foi Éder, então do Atlético Mineiro, que fez história do mesmo jeito.
Amanhã comento as polêmicas nas convocações de 1986 até nossos dias.

domingo, 2 de maio de 2010

Vou seguir o conselho de algumas pessoas próximas, principalmente da Naide, e me voltar para a literatura juvenil. É o que tem dado certo para mim nos últimos anos, sem grandes traumas. Por "sem grandes traumas" quero dizer, sem polêmicas. Sem contar que não atrai a afetação e a inveja das pessoas próximas, o que sempre traz uma energia negativa. A literatura para jovens é mais leve, mais oxigenada. Pode-se fazer boa literatura cultivando-a. A ida ao cinema para assistir "Alice" e a leitura de "O estranho caso do cachorro morto" já são indícios dessa busca pelo juvenil. Que sempre foi, eu sei disso, o melhor de mim. "O menino é o pai do homem", alguém já disse.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Pensei em tirar o espaço para comentários, para a coisa não ficar tão humilhantes. Escrever para ninguém, sem responsabilidade nenhuma. Sem contar a minha preguiça, preguiça não só de escrever, mas para fazer contatos com outros blog, que é uma forma de ser lido também. Ah, mas que saco... acho que minha primeira atitude a partir de agora será não colocar título nos posts, uma forma de torná-los minimalistas, que é o perfil que quero para as mensagens. E já não estou falando coisa com coisa.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

retomada

Retomar o blog é sempre uma metáfora de retomar a vida. É o que vou tentar fazer, depois de quase seis meses de dedicação literalmente exclusiva aos livros de sociologia e filosofia inscritos no MEC pela Ática. Já tirei alguns textos que eu havia iniciado antes dessa maratona. Quero mergulhar na atmosfera da literatura.